Depoimentos
Depoimentos
"Quer discorra sobre o Modernismo brasileiro, quer aborde o nosso Romantismo, quer se dedique à análise de novos escritores, o crítico pernambucano André Cervinskis o faz com a desenvoltura dos grandes engajados, tanto afetiva como intelectualmente.
Sua linguagem, clara e precisa, bem reflete o entusiasmo e a sensibilidade que o levam a escrever e a escolher os temas de seus trabalhos. Assim foi quando estudou Manuel Bandeira e assim é neste novo livro. Como o leitor notará, Cervinskis, a cada nova obra, vai sempre mais longe.”
(Paulo Gustavo - Academia Pernambucana de Letras sobre o livro Bocas Folheando Enciclopédias, 2019).
"André Cervinskis, conhecedor da obra de Manuel Bandeira, nos traz um texto pautado na harmonia bandeiriana, na simplicidade do poeta, na arte da metáfora e do humor, na clareza interpretativa, em seu livro Encantamento de Pasárgada (2018). Utiliza, com sabedoria, a mensagem do ato criativo para desenvolver um pensamento contínuo, sem afetação, apegado à leveza de que tanto o poeta soube fazer uso.
Faço questão de aplaudir o entusiasmo de André, ao discorrer sobre dados de importância basilar para a natureza construtiva e ilustradora do pensamento do poeta pernambucano, Manuel Bandeira, referência nacional de arte e beleza estética."
Fátima Quintas (escritora, antropóloga, da Academia Pernambucana de Letras sobre o livro Encantamento de Pasárgada, 2018)
André mergulha no espaço especialíssimo da critica literária para resgatar singulares aspectos notáveis ainda não devidamente estudados do mais recifense dos poetas brasileiros. Para tanto, naquele trabalho, como neste agora comentado, a sua preocupação foi entrar na intimidade do poeta, penetrar no processo de codificação de sua artesania literária, transmitindo ao leitor inteligente a sua personalíssima visão do processo de criação do poeta pernambucano, examinado com profundo respeito e imensa identificação sentimental.
(Olímpio Bonald Neto, escritor, da Academia Pernambucana de Letras e Sociedade dos Poetas Vivos de Olinda, sobre o livro Manuel Bandeira Poeta Até o Fim, 2004)
Com este livro sobre Manuel Bandeira, o poeta e ensaísta André Cervinskis, na idade de apenas dezoito anos, ganhou a menção honrosa do prêmio Vânia Souto Carvalho da Academia Pernambucana de Letras, em 1994. Descendente de avós lituanos que curiosamente se comunicavam em alemão, o autor agora se irmana ao poeta pernambucano não apenas na poesia produzida a partir do despaisamento, como na compreensão intelectual da busca das origens, da reconquista da face oculta pela vidraça embaçada pela chuva de tantos dias solitários preenchidos pela leitura de seu autor predileto. A publicação deste livro, assim, traz à evidência o André ensaísta que já tem publicado bons artigos na Revista Continente Multicultural, Suplemento Cultural do Diário Oficial, suplementos literários do estado da Paraíba, como o Correio das Artes, além de publicações acadêmicas como Saudade de Inês de Castro, que organizamos no ano passado. Também tem sido intensa a sua participação em congressos, notadamente os organizados por Daniele Perin da Rocha Pita, na área dos estudos sobre o imaginário. Num país onde ,segundo se diz na atual Europa, o povo ultimamente tem trocado as novelas pelas CPIS, é de se louvar o esforço e o talento do jovem André Cervinskis.
(Lucila Nogueira – poeta, professora Letras UFPE, sobre o livro Oficinas do Corpo, 2002).
Conhecendo como poucos a literatura que se faz hoje entre nós, André Cervinskis, com o belo título Entre serpentes e leopardos, ou entre as curvas e os saltos inconfundíveis de sua expressão literária, consegue nos mostrar, em discursos que vão da questão de identidade dos autores nacionais à sensação de mal-estar da pós-modernidade, um largo panorama das nossas letras no atual momento histórico. A maior ênfase do autor é reservada, sobretudo, aos estudos culturais que, por sinal, constituem, no momento, a pauta dominante, no domínio das ciências humanas, a partir das universidades. Dessa forma, ao lado de nomes famosos como Manuel Bandeira, Antônio Cândido, Alfredo Bosi, Darcy Ribeiro e os teóricos da Escola de Frankfurt, aparecem, nomes bem mais recentes como Inah Lins de Albuquerque, Telma Brilhante, Salma Bandeira, Lenilde Freitas, Helder Herik, além daqueles autores mais afinados com o ideário critico da estética contemporânea, na sua queda dos cânones, na desistorização dos sujeitos e na desierarquização dos valores que até pouco tempo haviam moldado a fisionomia da literatura, sem esquecer, obviamente, referenciais mais recentes como os best-sellers e as obras de autoajuda. Entre as serpentes, dando voltas sobre a terra, e os leopardos em luta com as ideias e os tempos mais discordantes, vai se desenvolvendo o interessante diálogo de André Cervinskis com os autores e as ideias contemporâneas. Merece, por tudo isso, além de uma leitura atenta, uma publicação à altura do seu alcance teórico.
(Ângelo Monteiro – poeta, ensaísta e professor aposentado de Filosofia da UFPE, sobre o livro Entre Serpentes e Leopardos, 2012).
Tendo acompanhado boa parte da trajetória acadêmica de André Cervinskis, no Programa de Pós-Graduação de Letras na Universidade Federal de Pernambuco, onde atuo, creio poder recomendá-lo a esta respeitada Instituição, tanto pelo seu percurso de pesquisador de perfil promissor, quanto pela inteligência diligente, demonstrada pelas publicações mais recentes, onde dá provas de uma notável capacidade de contribuição aos estudos que se situam na interface entre literatura e as representações sociais na cultura brasileira. Sua atuação acadêmica lhe tem valido prestígio e respeito nas instituições por onde passou, como pude reiteradas vezes testemunhar, desde sua chegada à Universidade até o momento presente. Apresentou trabalhos em Seminários sobre a temática da insurgência das representações locais, com louvores unânimes da equipe avaliadora, tanto na Universidade Federal da Paraíba quanto na Federal de Pernambuco. A Universidade desde já percebia no jovem pesquisador uma promessa que o tempo em breve se encarregou de madurar. As contribuições durante os cursos, as interlocuções sobre temas variados, a inteligência em permanente estado de perquirição. Em publicações recentes, [A identidade do Brasil em Manuel Bandeira. Recife: LR, 2008] André Cervinskis tem demonstrado uma grande argúcia crítica quanto às relações de poder e de sua crítica através das representações sociais de que dá conta a literatura brasileira. A pesquisa por ele empreendida se situa numa conjunção feliz de filtro formal e lucidez política, no entrecruzamento dos registros que lança uma luz que alarga a compreensão do texto. Tive a oportunidade de revisar as análises de Cervinskis – que resultaram, a meu juízo, em considerável ganho teórico, por considerar o texto enquanto um momento da civilização e a literatura, uma reserva de significados sociais.
(Lourival Holanda – professor letras UFPE, sobre o livro O Brasil de Manuel Bandeira, 2010).